quarta-feira, 25 de março de 2020

A crise do coronavírus e os "erros da Rússia"


          Esta pandemia e a confusão subsequente é mais um dos tantos efeitos dos chamados "erros da Rússia" profetizados em Fátima em 1917. Nossa Senhora afirmou que para alcançar a paz mundial era necessária a devoção ao seu Imaculado Coração e a consagração da Rússia. Do contrário, a Rússia espalharia seus erros pelo mundo.  Isto é a prova de que seus pedidos nas aparições não foram cumpridos, ao menos não totalmente.

          Ainda.

          Segundo O Livro Negro do Comunismo, em 1922, a NKVD (futura KGB) plantou a revolução no sul da China, na região de Cantão, fornecendo armas e expertise para a ação revolucionária. Os comunistas tomaram o poder em 1949 com apoio soviético.

          Não cabe aqui repetir o que muitos já sabem, que o governo de Pequim provocou a morte de pelo menos 60 milhões de pessoas, sendo a maioria por efeito e repressão do Grande Salto para Frente, que ceifou 40 milhões de vidas na maior fome de todos os tempos.

          Na atual crise relacionada ao coronavírus, há fontes que mostram que a China não só ocultou como destruiu provas de que estávamos frente a uma epidemia, além de perseguir e silenciar os médicos que tentaram avisar as pessoas. Só quando a situação começou a sair do controle, o PC Chinês comunicou a gravidade da situação.

          Na metade de março, a União Europeia denunciou que organismos de propaganda da Rússia espalharam notícias falsas e contraditórias sobre o coronavírus. Isto teria gerado aumento da confusão e maior dificuldade no combate à doença. O objetivo desta investida é afetar o Ocidente e enfraquecer seu poder político, econômico e militar, principal objetivo da política externa russa hoje. EUA, União Europeia e OTAN são seus maiores adversários.

          Não é preciso dizer que o que chineses e russos fizeram na atual crise foi uma monstruosidade. E não é de graça que os mais afetados pela pandemia e o medo, paralisia e confusão daí decorrentes são justamente os adversários geopolíticos destes dois países. A China é uma ditadura comunista, a Rússia é herdeira direta do poder soviético, e ambos são parceiros estratégicos para solapar o poder do Ocidente.

          Infelizmente, os "erros da Rússia" profetizados em Fátima vão muito além disso e têm uma longa história que é muito difícil de definir e apresentar. Abrangem, além das guerras, revoluções e genocídios promovidos diretamente pela URSS no século XX, mudanças políticas, sociais e culturais nas últimas gerações promovidas pela penetração do movimento comunista no campo da cultura. O movimento possuía como objetivo destruir as bases civilizacionais do Ocidente, como a religião, a família e os valores de convivência, e promover toda a sorte de propaganda, relativismo, revoltas e crimes.

          O mundo atual foi totalmente transformado por um movimento revolucionário de larga escala que influenciou todos os campos da vida pública e mesmo pessoal. A atual crise do coronavírus é apenas um aspecto desta realidade.

          Hoje vivemos dentro do "erros da Rússia". Mas isto já é outro.         

domingo, 22 de março de 2020

Um golpe no delírio de onipotência


          A era moderna colocou na cabeça das pessoas que o homem é onipotente sobre a natureza, incluso aí a natureza humana. 

          Esta mentalidade se reflete na administração da sociedade e, portanto, no poder político. Os modelos de Estado fascista e comunista foram tentativas de estabelecer um controle total sobre o mundo, mas, além de matarem milhões de pessoas, falharam de forma miserável.

          Se engana, porém, quem pensa que no regime democrático ficamos mais humildes. Este delírio de onipotência vive forte nas democracias. Acreditamos que os governos, através do estabelecimento de leis, normas e garantias das liberdades civis, podem nos fornecer ou permitir uma vida progressivamente melhor. O delírio é ainda pior com a ostensiva agenda progressista tocada ao toque de caixa no mundo inteiro que estabelece todo o tipo de normas para os mais sutis comportamentos no que se refere ao racismo, gênero, discriminação, preconceitos, minorias, etc.

          Em suma, acreditamos que o Estado democrático e liberal pode nos garantir a paz e a felicidade.

          Mas, de repente, "do nada", aparece um inimigo microscópico que paralisa tudo, põe em cheque nossa forma de agir e pensa e tira de cena todos os nossos ideais de vida. Derruba por terra todas as previsões e planos dos governos e solapa todas as expectativas futuras, de casamentos ao aumento do PIB. Agora, olhamos para o futuro com incerteza, porque nenhum poder estabelecido é capaz de garantir, não nossas liberdades civis e felicidade, mas nossas vidas!

          O controle total do mundo é impossível pelo simples fato de não possuirmos o conhecimento total. Se tivéssemos o conhecimento total conheceríamos também os meios de controle; em suma, seríamos Deus. Mas só Deus tem estas características, que são parte de Sua definição.

          Não é de graça que estamos sendo forçados a parar. Isto é um chamado para a vida interior, não no sentido de que devemos ficar fechados em nós, mas para descobrir, no silêncio, que Deus, o mesmo que governa o mundo e está acima dos poderes estabelecidos, é o fundamento de nossa paz e segurança.

          Estamos sendo chamados à humildade. O mundo não está aos nossos pés. Está aos pés Dele.