quinta-feira, 26 de julho de 2018

Lênin vive


(Camarada Zuckerberg)

Neste momento, estou escrevendo um artigo sobre a relação Igreja-Estado na URSS. A Constituição soviética era bem bonitinha: garantia liberdade de consciência e de religião, propaganda pró e antirreligiosa, liberdade de culto, separava Estado e escola da Igreja, etc. Sempre com o objetivo de construir o socialismo. Na prática, os comunistas de fato construíram o socialismo, mas violaram todas as demais leis que garantiam as liberdades fundamentais, matando, prendendo, controlando os religiosos remanescentes, jogando uns contra os outros, tirando toda a autonomia da Igreja, etc. Por quê? Porque para se alcançar a sociedade perfeita, não interessavam os meios, mas os fins. Isto era estratégia revolucionária para alcançar o controle sobre toda a sociedade: de um lado a garantia da lei para o mundo ver, do outro a repressão sob os auspícios desta mesma lei, justificando perante a sociedade que estava tudo de acordo com ela.
Guardadas as devidas proporções, a censura que está sendo feita na internet para combater as "fake news" tem a mesma lógica: em nome de uma "saudável" liberdade de expressão, da "democracia", da "verdade", se violam todos os princípios que esses mesmos meios de comunicação dizem defender. Com o objetivo de "defender" a lisura das eleições deste ano, hoje o Facebook derrubou 196 páginas e 87 perfis de direita na rede, muitos da rede do MBL, que foi taxado pela imprensa "oficial" de "extrema-direita". E não pensem que eles pararão por aí: se foram capazes de sabotar as páginas através das quais a direita cresceu no Brasil (Jair Bolsonaro é o primeiro colocado nas pesquisas de intenções de voto, eis o alvo destas eleições), qualquer outro grupo que desagrade o Facebook ou "nossas instituições" sofrerão a mesma punição. Seja de direita, esquerda, meio, ou de jogadores de canastra.
Não é de graça que o controle da internet, que vem no corpo da Nova Ordem Mundial, é de inspiração socialista. Eles aprenderam com seus mestres.