A surpreendente paralisação de grande parte do mundo em meio à epidemia do coronavírus se torna mais impressionante quando vemos que aqueles que jamais deveriam abdicar de sua missão em aliviar o sofrimento das pessoas acabam por se submeter às ordens do mundo.
Os próprios bispos e sacerdotes têm fechado igrejas para o público sob a justificativa de evitar aglomerações e a maior disseminação da epidemia. Evitam, assim, sua missão espiritual.
Ocorre que jamais na História igrejas fecharam voluntariamente; que seu fechamento se deu por perseguição ostensiva de diversos grupos como jacobinos, comunistas, nazistas, laicistas republicanos e muçulmanos. Tudo regado a muito sangue.
Desta vez, o fechamento se dá com "democratas" sob os auspícios do Estado liberal e o consentimento assustador da hierarquia católica. Tudo muito calmo, tranquilo, sem sangue algum, enganadoramente pacífico.
Desde as aparições de Nossa Senhora, em 1917, esta é a primeira vez na história que o Santuário de Fátima é fechado para o público.
Apesar de Portugal estar em quarentena desde março, foi decisão do reitor do Santurário, Padre Cabecinhas, e do bispo de Leiria-Fátima, Antônio Marto, a decisão de fechar o local para o público. Ademais,
3.500 policiais foram colocados no local e nos pontos de peregrinação, onde se manifestaram Nossa Senhora e os anjos aos três pastorinhos, para impedir que houvesse entrada e aglomeração de pessoas, em particular nos dias 12 e 13 de maio. Não basta não abrir o Santuário, é necessário que haja também a polícia!
O fechamento do Santuário é um símbolo muito representativo de nossa época e, entendo, um sinal claro das profecias de Nossa Senhora.
Há mais de 150 anos Nossa Senhora vem alertando da apostasia geral no mundo, a começar pela própria hierarquia da Igreja Católica. Foi assim em La Salette (1846), Rosa Mística (1947 e 1966) e Garabandal (1961-1965).
Nossa Senhora foi muito clara na sua intenção ao se manifestar aos pastorinhos de Fátima. Na verdade, Ela veio na intenção de Nosso Senhor: "Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração", disse Ela na aparição de 13 de junho.
E mesmo que o homem não cumpra com seus pedidos, depois de muito sofrimento, Ela prometeu, na aparição de 13 de julho, que "No fim, Meu Imaculado Coração triunfará".
Ela pediu a comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados, que consiste, suscintamente, na oração do Santo Rosário mais confissão e comunhão (missa) com o objetivo de reparar o Imaculado Coração ultrajado pelos pecados do homem.
Ela pediu a consagração da Rússia, cujo ato evitaria o espalhamento de seus erros, causaria sua conversão e a consequente paz no mundo.
Ela prometeu esta paz ao mundo se esta devoção e esta consagração fossem ambas realizadas.
Os pecados do homem são a causa dos conflitos da humanidade, bem como da condenação das almas ao inferno. Também são consequência do afastamento do homem de Deus, de um mundo onde a Santa Igreja se vê abandonada, em crise e, finalmente, perseguida, como mostrou a visão do "terceiro segredo" aos pastorinhos, onde um bispo vestido de branco atravessava uma cidade destruída e, aos pés de uma cruz, era assassinado por soldados junto com bispos, padres, religiosos, religiosas e todo o tipo de gente comum.
Fátima olha para a humanidade e alerta para que acordemos da apostasia que levará o mundo a um conflito e um caos ainda maior do que os já presenciados e culminará na perseguição aberta à Igreja.
O Santo Rosário e a reparação ao Imaculado Coração são o centro de Fátima, a "fórmula" para evitar o caos que se avizinha.
Quando os próprios bispos de curvam às exigências do mundo, é porque a fé não foi forte o suficiente para manter os braços da Igreja abertos para receber e testemunhar, em meio à ameaça da doença e do medo, a ação de Deus no mundo, na vida, na história, no dia-a-dia como atestam tantos relatos de cura daqueles que se recomendaram à Fátima desde o início das aparições.
O espírito se apaga e os próprios homens de Deus se curvam ao Reino de César. A mentalidade do mundo penetrou na Igreja.
É absolutamente necessário, é urgente que realizemos a devoção ao Imaculado Coração como Nossa Senhora mostrou à Irmã Lúcia na aparição de dezembro de 1925, cumprindo sua promessa de 1917. Santo Rosário, confissão e comunhão. Em reparação a Ela, Mãe de Deus, minha Mãe, sua Mãe. Em agrado a Nosso Senhor Jesus Cristo.
A reparação a Ela é a libertação espiritual que levará luz à consciência de uma humanidade desorientada na escuridão e que trilhou o caminho dos grandes erros, para salvar quantos puderem ser salvos e trazer paz ao mundo.
O Santo Rosário deve ser rezado mais do que nunca e a devoção ao Imaculado Coração propagada pelos quatro cantos da Terra.
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!