Tanto o Grande Negócio quanto o Estado Socialista são grandes em suas dimensões, utilizam muitos recursos, exigem grande quantidade de pessoas e são hierarquizados e organizados.
Ambos buscam a geração de riquezas vultuosas. A diferença é que o primeiro busca a geração de riqueza para si e o segundo para o sistema, ainda que nominalmente afirme convertê-lo para o povo.
Mas o mais importante aqui talvez seja a necessidade de controle da ordem estabelecida.
Bem sabemos a necessidade do Estado Socialista de controlar a ordem política, social, militar, cultural e econômica.
O Grande Negócio, por sua vez, possui o dilema de, assim como gerou riqueza com a dinâmica de mercado, poder perder tudo para este mesmo mercado numa situação de crise ou mudanças bruscas.
Nesta situação, aparece o caráter político do Grande Negócio: para não perder a vultuosa riqueza que adquiriu ele passa a buscar o controle do mercado, seja pela formação de monopólios e oligopólios, seja apoiando o poder político estatista e os movimentos de esquerda.
Grande Negócio e Estado Socialista se abraçam neste objetivo: ambos almejam o controle do mercado e, portanto, da sociedade que o envolve, porque as pessoas tomam decisões que determinam os rumos do mercado.
Para ambos é necessário que a sociedade se comporte de acordo com os objetivos do Grande Negócio e do Estado Socialista. Não por acaso, bancos ganham vultuosos lucros em governos estatistas e governos estatistas dependem de grandes empresas para permanecerem de pé.
Ambos crescem e prosperam prometendo riqueza em abundância e subjugam todas as coisas a esta promessa, a começar pela liberdade de decidir em que sociedade se deseja viver.
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