"A morte é um dogma, visto que não há dúvida a respeito dela. Nenhum modernista pode torná-la discutível, nenhum evolucionista pode fazê-la imprecisa, nenhum hegeliano pode transformá-la em vida." (G. K. Chesterton, citado em "O pensador completo" de Dale Ahlquist)
A inevitabilidade da morte se impõe sobre todo e qualquer relativismo.
A citação acima do escritor inglês G. K. Chesterton afirma que ela não pode ser evitada, relativizada ou transformada em vida. Ela é o que é, se impõe como um bloco monolítico imutável que cai e esmaga nossa cabeça.
É uma destas "leis" do Universo ou da natureza que falam por si mesmas ao se manifestarem no decorrer da História.
Afinal, ninguém pode negar coisas óbvias (como uma pessoa querer atravessar uma parede caminhando, por exemplo) sem arcar com as duras consequências de bater de frente com a estrutura mesma da realidade.
O relativismo morre quando morre o relativista, pois suas afirmações cessam em definitivo mesmo que ele as enuncie por décadas.
Da mesma forma, o relativismo morre quanto homem e mulher geram um filho, pois este filho veio de um homem e uma mulher e não de um gênero A com um gênero Y determinados por uma comissão de especialistas.
O relativismo também morre quando uma doença acomete um corpo, pois não são questões subjetivas capazes de curar uma pessoa, mas a concretude da ação, que inclui (pasmem!) atitudes de fé, como mostra o crescente número de estudos que relacionam saúde com espiritualidade.
O relativismo morre no próprio diálogo com o vizinho pois, como bem mostrou Ortega y Gasset, para que um diálogo exista é necessário reconhecer que existe uma série de regras e elementos prévios (idioma, sinais, signos, etc) através do qual ele ocorre e cuja existência não depende dos dois indivíduos em questão. Do contrário, o diálogo seria impossível e o conflito a única forma de interação.
O relativismo morre pela própria boca ao declarar que a verdade não existe, o que anula o enunciado por si mesmo, tornando-o falso.
Mas a morte não pode ser falsificada. Não só o acontecimento em si, mas a consumação de uma vida significa que uma pessoa adquiriu uma identidade definitiva no tempo, cuja forma se projeta na eternidade.
Se o relativista tem de aceitar a morte como um dado do real, resta a ele admitir que foi alguém em definitivo antes de sumir do mundo e deixar para trás as correntes de pensamento às quais foi adepto, e de que no eterno não servirão para nada.
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