Esta afirmação de Chesterton, de 1935, talvez carecesse de evidências históricas para ser afirmada, mas já poderia ser concluída por alguém que conhecesse o pensamento socialista.
Ao final de contas, os acontecimentos ao longo do último século corroboraram de forma universal o que nosso escritor afirmou.
O socialismo, concebido historicamente como a centralização do aparato político, econômico, militar e cultural na mão do Partido Comunista ou algum regime similar, mostrou-se tirânico e fracassado onde quer que fosse implantado, de Cuba ao Camboja, na Rússia e na China, da Romênia à Etiópia.
É ingenuidade não esperar que socialistas sonhassem em dirigir o Estado e não em serem dirigidos por ele. Ou será que eles sonhavam em cortar cana numa fazenda coletiva do Caribe ou bater martelo numa fábrica na Sibéria?
Como vimos em suas lideranças, os socialistas não se consideravam ingênuos, mas dotados de habilidades e dons acima do normal. Não poderia surgir a sociedade futura a partir do homem comum, somente da elite revolucionária.
Do desejo de controle também surgiu a máquina necessária para este controle.
Mas o controle total da sociedade é impossível porque é impossível prever todas as decisões de seus cidadãos. E com tanto gente no aparato burocrático do Estado, tornou-se impossível seu regulamento dinâmico.
Necessariamente falho e ineficiente, o fracasso se tornou inevitável, bem como toda a sorte de ilegalidades e crimes realizados para driblar o aparato estatal.
Não é difícil concluir que os recursos escassearam com o tempo. Da mesma forma como não há iluminados em número ilimitados, também não há recursos infinitos.
Foi a própria ignorância socialista que jogou seus regimes na miséria, bem como o povo que dizia defender no calabouço da tirania.
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