sexta-feira, 1 de maio de 2020

O Deus da alegria


          Quando afirmamos que o cristão é alegre, isto não é um jargão sem fundamento ou uma conclusão banal sobre a crença em Deus.
          É a realidade mesma da fé cristã, pois esta revela-se pela humildade e abre nossos olhos à beleza das coisas e da eternidade.
          Este artigo de António Campos, da Sociedade Chesterton Portugal, sobre o Deus da alegria que se revela nas palavras de Chesterton apresenta, com riqueza e simplicidade, porque esta crença em Deus está associada à alegria humana que, no fundo, é divina.
          Há uma maravilhamento na existência. Quem contempla o Cosmo percebe a impossibilidade da coincidência simultânea de todas as coisas e, por isto mesmo, abre os olhos à beleza intrínseca à existência.
          Esta contemplação não depende de um análise rebuscada da realidade (ainda que a análise rebuscada possa levar a esta contemplação), mas de uma abertura simples ao mundo, tal qual a criança que se maravilha com uma boneca ou uma nuvem em forma de girafa.
          É necessário ser humildade para aceitar que tudo o que há é incompreensível, e que é justamente a consciência desta incompreensibilidade que torna todas as coisas compreensíveis.
          É o paradoxo da criança, que é profunda na alegria contemplativa por ser rasa na análise do mundo que vê.
          Desta forma, o humilde se faz alegre, e os que sabem ser alegres nas atribulações da vida recebem em troca a humildade tão cara à salvação divina. Deus concede a alegria aos humildes de coração.

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