O mundo não se basta por si mesmo. Ele não se completa, não se satisfaz, não se sustenta indefinidamente sem o suporte divino, causa, meio e fim dele mesmo.
Quando Jesus morre na cruz e é sepultado, Nele morre toda a História humana. Esta é a tônica deste excepcional trecho do livro "O Homem Eterno", de Chesterton.
Porque o mundo criou ideias, credos, ritos, ordem, sociedade, civilização, mas que estavam fechados em si mesmos.
Não que os antigos fossem ateus, pelo contrário, mas porque eles não concebiam que a Verdade e a liberdade estava em si e não nos Césares.
A vida habitava neles, mas a ordem coletiva e pagã os diluía na autoridade do mundo, rosto da ordem cósmica universal que engolia a todos.
Jesus Cristo era o contraste entre o Homem que vive e o mundo que já está morto, e quanto mais Ele sofria na caminhada rumo à morte, mais fortemente Ele se manifestava enquanto mais evidente era a fraqueza do mundo. Porque Nele vivia o Homem, a liberdade, o indivíduo livre, integrado mas distinto do Cosmos, que caminha diante de Deus.
A consumação da morte e ressurreição de Cristo selou a Revelação, que viria, nos séculos seguintes, a sepultar a História como a conhecíamos.
Acabava a História humana e começava a História divina, a História da salvação.
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