Chesterton talvez ficasse impressionado, mas não surpreso, com o atual nível de apostasia dos que se dizem cristãos.
A indiferença com relação à Deus e Sua ação no mundo, considerada até mesmo fantasiosa e absurda para muitas pessoas que só conseguem conceber um Universo mecânico conforme uma visão rasteira da realidade, a pouca fé, o abandono da prática da oração, as igrejas vazias, a caridade considerada válida apenas em campanhas da televisão...
Este quadro mostra que o homem moderno abdicou de sua identidade cristã para abraçar a "vida prática" e viver ao sabor do vento das novidades.
Como manter a fé, o senso de realidade profunda, num ambiente risível que ridiculariza como "retrógrado" e mesmo "fanático" aquele que busca viver acima do tempo?
Os que deveriam conquistar o mundo para Cristo hoje não só abdicaram de sua missão como duvidam da missão mesma. Pior: duvidam até mesmo do conteúdo de sua missão.
Deus é justo, e delegou a nós realizar a Sua justiça entre os homens não através de tribunais legalmente estabelecidos, mas através da propagação de Sua mensagem. Hoje nem mesmo se crê na própria mensagem. O homem moderno, como Pôncio Pilatos, lava as mãos e pergunta "O que é a verdade"?
O relativismo virou norma e, como nos lembra Bento XVI, norma obrigatória, uma ditadura relativista onde somos instados, pela cultura e mentalidade vigentes, a negar a Verdade.
A indiferença com relação a Deus e ao próprio mundo desemboca na lei do mais forte. Nada mais se torna justo. Vence o mais astuto e sorrateiro.
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