A liberdade não é um ente abstrato, como mera ideia ou intenção. Ela se realiza na realidade, na vida concreta, e varia conforme as circunstâncias e as liberdades alheias.
Chesterton não deixa margem de dúvidas nesta passagem. Todos têm o direito (e o dever, quando em consciência) de lutar por sua liberdade quando ameaçada.
Tal como a doença afeta a saúde física de nosso corpo, a tirania afeta nossa liberdade pessoal. E liberdade se refere a coisas reais, não abstrações retóricas.
É natural que tenhamos acesso às informações que nos são importantes, bem como a capacidade de sair de casa e ir a uma praça, conversar com amigos e estranhos, poder receber o salário justo por seu trabalho, preservar hábitos de uma cultura que respeitem a dignidade humana, professar sua fé, contar aos outros suas experiências de vida.
Os tiranos buscam intervir e moldar estas liberdades mais básicas porque consideram que tais liberdades atrapalham seus planos imaginários. Em nome de uma ideal futuro, que só existe em suas cabeças, suprimem a vida alheia, que existe em frente ao seus olhos.
Ninguém em sã consciência deveria aceitar estas supressões. Ou se luta para manter e conquistar a liberdade perdida, ou se sucumbe à arbitrariedade alheia.
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