"Conheci muitos casamentos felizes, mas nunca um compatível. O objetivo do casamento é lutar contra o instante em que a incompatibilidade torna-se inquestionável, e sobreviver a ele.
Pois um homem e uma mulher, tais como são, são incompatíveis."
(G. K. Chesterton)
O casamento nunca é com a pessoa "certa", porque não há casamento com a pessoa certa, mas com aquela que amamos.
Assim, o casamento é a união entre dois incompatíveis compatibilizados pelo amor. É o amor, o desejo profundo e sincero de ser um com o outro, que transcendente e abrange os defeitos do parceiro e os desajustes da relação.
Quando Chesterton afirma que "o objetivo do casamento é lutar contra o instante em que a incompatibilidade torna-se inquestionável, e sobreviver a ele", nosso escritor está afirmando que a união deve se firmar sobre a realidade das personalidades do casal, inevitavelmente conflituosas em diversos pontos, mas que tem justamente na união os meios de superá-las.
Dito de outra forma, o casamento depende do amor, e o amor caminha necessariamente junto ao perdão. Afinal, como suportar os defeitos alheios e superar os conflitos da relação senão pelo perdão?
Jesus Cristo não pediu que nos suportássemos, menos ainda que tentássemos nos entender. Pediu que nos amássemos, e na dimensão do casamento isto significa escolher alguém para amar sempre com os mesmos defeitos de sempre até o fim dos dias.
Fosse o casamento com a pessoa certa, fossem homem e mulher totalmente compatíveis, e não haveria porque esforçar-se no amar sempre, indefinidamente, sem restrição; e não haveria também porque esforçar-se para perdoar sempre, eternamente, independente dos erros do outro.
Apenas os que amam e perdoam sem medida têm passaporte para adentrar as portas do Paraíso.
Abençoado seja o casamento, porque ele é o meio mais belo, singelo e usual meio de salvar-se através da salvação do outro, nosso presente dado por Deus para toda a eternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário