"Os céticos não conseguem arrancar o cristianismo; mas conseguem arrancar as raízes das vinhas e das figueiras de todo o homem ordinário; de todos os jardins dos homens e de todas as estufas dos homens" (G. K. Chesterton, em "O Essencial de Chesterton")
Os ataques contra o cristianismo não atingem a Revelação em si, mas unicamente os homens.
Porque a luta anticristã acaba por eliminar as referências culturais da fé, podando suas representações simbólicas e práticas cotidianas para, assim, esterilizar o solo fértil a partir do qual brota a árvore da vida.
Mas Deus continua Deus, a Revelação continua viva, ainda que num espaço mais restrito, e a chama da fé continua a flamejar entre os homens, ainda que em menor número.
Atacar o cristianismo não elimina sua presença no mundo, mas priva as demais pessoas, que em sua grande maioria nada têm a ver com isto, da graça de receber a graça divina e ter acesso a experiências que não só elevam o espírito e trazem benefícios até a eternidade, mas que de imediato lhes proporcionam um pouco de paz.
Chesterton não só não ficaria surpreso, mas confirmaria mais ma vez, nos tempos atuais, sua mensagem aqui reproduzida.
O anticristianismo, por vezes feroz no martírio dos cristãos, tal qual vemos no Oriente Médio, na África e na China, por vezes tênue e sorrateiro como vemos no Ocidente, tem o grande mérito de nada mais do que privar a todas as pessoas do Bem Supremo.
A secularização forçada e deliberada encobre, no fundo, uma revolta contra Deus cuja inspiração espiritual brota debaixo da terra.
Prometendo a liberdade humana, a luta anticristã nada mais faz do que sufocar o espírito do homem até amputar seu anseio mais profundo, enclausurá-lo numa gaiola e convencê-lo, pelo banimento de todas as representações da fé, de que assim é livre e feliz mesmo que tenha morrido para sempre.
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