"A recusa de Deus em explicar Seu projeto é, em si, uma flamejante alusão ao Seu projeto. (...) Os enigmas de Deus são mais satisfatórios do que as soluções do homem." (G. K. Chesterton)
Deus poderia muito bem explicar seu projeto ao homem.
De certa forma, Ele já o explicou através da Revelação e da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas não é exatamente disto que trata nosso querido escritor inglês.
Chesterton fala do mistério e da limitação da inteligência humana, determinada por Deus, de compreender a realidade e a Ele mesmo.
Porque se tudo entendêssemos seríamos onipotentes e, portanto, conhecedores de todos os meios de manipulação da realidade. Seríamos perfeitos. Seríamos Deus.
Nosso Senhor quis que ficássemos ignorantes a muitas coisas justamente porque Ele se revela no mistério.
Do que adiantaria explicarmos tudo, sabermos tudo, entendermos tudo se, com isso, não teríamos razão para acreditar e amar?
A fé diz respeito à confiança, e é muito mais conveniente que sejamos instigados e crer Nele se pouco sabemos Dele e do mundo; se pouco sabemos, inclusive, sobre nós mesmos e nossa vida pessoal, porque Ele sonda os rins e os corações, mas nós temos dificuldade de saber até mesmo o que queremos para o dia de amanhã.
Assim, Chesterton conclui que são estes enigmas são mais satisfatórios do que as soluções humanas. Porque as soluções humanas são sempre imperfeitas e transitórias, e os enigmas de Deus são perfeito e eternos.
Melhor termos confiança naquilo que pode nos dar a felicidade eterna do que satisfações passageiras. Não cabe ao homem saber o porque disso e o modo como isto se realiza. Cabe a ele confiar.
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