"O homem é uma exceção, seja o que for. Se não é a imagem de Deus, então é a doença do pó. Se não é verdade que um ser divino caiu, então podemos apenas dizer que um dos animais enlouqueceu por completo." (G. K. Chesterton)
Nesta majestosa passagem como tantas outras, Chesterton afirma a singularidade do homem enquanto ser.
Sim, o homem é uma exceção, é único porque é a única criatura capaz de compreender a realidade e, portanto, transformá-la.
Os animais vêem o mundo e raciocinam, mas não concebem as coisas como coisas. Nós, humanos, somos para eles "alegria" ou "ameaça", ou ainda "proteção", mas não humanos dotados de características específicas distintos das demais coisas. Os animais não têm consciência de que somos humanos; não têm consciência de que existe uma coisa chamada realidade.
Diferentemente deles, o homem não vê a realidade como uma extensão de seus sentidos; a vê como algo distinto de si, e por isso mesmo possui consciência de quem é, do que é o mundo à sua volta e o que são todas as coisas.
Chesterton demonstra a falta de alternativa da condição humana. Não fôssemos imagem e semelhança de Deus e seríamos mero aglomerado de células como os demais seres vivos (sem anularmos seus respectivos valores, claro).
E se assim fôssemos, seria muito estranho que justamente este aglomerado específico de células tivesse tomado consciência do mundo e adquirido capacidade deliberada de transformá-lo.
Ser humano significa ser único e saber quem se é. Do contrário, estaríamos loucos, animalizados e absortos em nosso corpo físico.
Somos muito mais do que um corpo, muito mais do que um aglomerado de células, muito mais do que animais. Somos, primeiro e acima de tudo, filhos de Deus.
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