"No que toca aos direitos humanos fundamentas, nada pode estar acima do homem que não seja Deus." (G. K. Chesterton)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos baseia-se em valores universais concernentes à própria natureza humana ou àquilo que é considerado como parte desta natureza.
Podemos discordar da Declaração ou de alguns trechos, mas o importante aqui é ressaltar sua pretensão universal.
A pergunta que se faz é: quem tem o direito de falar em nome de toda a humanidade? Os princípios alegados na Declaração são realmente baseados em preceitos universais, dado que necessariamente tem de haver um grupo de pessoas para formulá-los e que, portanto, acabam por defino-los segundo uma concepção de mundo?
A alegação de princípios universais é precedida necessariamente por uma visão de mundo limitada, dado que seus formuladores não têm conhecimento completo da realidade humana presente em quase 200 países, 6 mil línguas e uma infinidade de grupos étnicos e sociais.
Mas há um porém: direitos humanos universais são os fundamentais, e o que é fundamental reconhecemos pela nossa própria experiência de vida. Disto presumimos, ao reconhecer o próximo como uma pessoa, que o próximo possui as mesmas necessidades fundamentais que nós.
Chesterton afirma que nada pode estar acima do Homem (importante o "H" maiúsculo, pois denota o homem em sua essência) do que Deus.
Ora, ao falarmos em Declaração Universal, em direitos fundamentais do homem, estamos falando do que é mais essencial a ele. E o que é mais essencial do que Deus?
Aqui está a liberdade humana de reconhecê-Lo ou mesmo negá-Lo, mas jamais aboli-Lo. Abolir a Deus seria o mesmo que negar a liberdade humana de reconhecê-Lo e atentar contra o mais fundamental de todos os direitos, o de ser livre.
Ademais, a primeira afirmação da Declaração Universal, de que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos", provém justamente do reconhecimento da filiação divina, uma visão secularizada da dignidade humana com base neste vínculo.
Deus nos fez livre e iguais em dignidade. Tudo o que atente contra isso é atentar contra nosso ser mais profundo e a Ele mesmo.
No que diz respeito aos direito humanos, tudo está debaixo de Deus porque Dele deriva desde o princípio.
Por isso, direitos humanos sem Deus não existe. É uma casa construída sem alicerces. É loucura.
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