Um pouco de convivência com pessoas excessivamente egocêntricas revela esta realidade. Aqueles que focam muito em si ou falam muito da própria vida se tornam chato, bem como aqueles excessivamente sensíveis e reativos, pois forçam o mundo a girar em torno de suas personalidades causando justamente o afastamento daqueles que pretendem atrair.
O problema é que a existência humana se dá num quadro que a transcende infinitamente, e o mais natural da personalidade madura e saudável é agir integrada neste meio. Dito de outra forma, uma pessoa saudável dá a devida proporção a si frente à realidade da qual faz parte. Isto significa valorizar-se o mínimo possível, pois estamos cercados por um Universo de uma vastidão incomensurável.
Não por acaso, a máxima evangélica é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. O primeiro ponto é justamente o senso das proporções, que exige de nós desprendimento e, portanto, humildade absoluta; é o apagamento do eu. O segundo ponto é o exercício do primeiro, porque o apagamento do eu se dá no serviço ao outro.
Nos tornamos realmente interessantes quando nos dedicamos ao outro, nos abrimos à realidade entorno e honramos o real valor das coisas. Por consequência, os outros tenderão a fazer o mesmo e olhar para nós com o mesmo desprendimento, pois ganhamos estatura perante seus olhos.
Não é de graça que foi justamente Jesus Cristo a pessoa mais interessante que já existiu, porque Ele serviu de forma abnegada até o último instante. O mesmo se observa nos santos e nas pessoas que se dedicaram aos outros ou às ações mais elevadas, bem como naqueles dedicados às suas famílias. No desafio que a vida cotidiana nos coloca, ser o menor de todos nos faz sermos o maior aos olhos daqueles que amamos.
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