Todo mundo tem uma opinião sobre o Papa. Infelizmente, muitos católicos têm, além de uma opinião negativa, uma ojeriza pública ao Sumo Pontífice, "nosso pai comum", cuja legitimidade repousa sobre a sucessão apostólica delegada diretamente por Deus em Pessoa, Jesus Cristo, dentro da História humana.
Eu também tenho alguma opinião sobre o Papa, mas muito vaga e imprecisa, e mesmo que fosse mais certo e preciso preferiria guardá-la para mim do ou colocá-la junto ao público de forma, digamos, mais discreta. Não sei se Francisco tem cometido erros que possam comprometer a unidade da Igreja e sua tradição, mas, em última instância, importa menos o que ele diz em público do que ele faz ex cathedra, ou seja, quando fala como o líder legítimo da Santa Igreja sentado no Trono de Pedro e chancela suas posições e ações perante si mesma, o mundo e a Revelação.
Esta é a importância das orações ao Santo Padre: mais do que falar besteira aqui ou ali ou se omitir em situações na qual ele poderia (ou deveria) fazer a diferença, cabe à nós intercedermos para que ele não incorra no erro de negar ou desvirtuar a Revelação, a doutrina, a tradição, o próprio magistério, por mais que ele seja simples ou mesmo simplório, ao menos publicamente, tal qual o sacerdote de uma paróquia de uma pequena cidade distante.
Se Francisco foi eleito Papa (e não questiono aqui a legitimidade de sua eleição após a renúncia de Bento XVI, tema obscuro e complicadíssimo envolto em milhões de especulações), então é ele que deve ser o Pontífice, o guia, independente de sua capacidade ou inteligência pessoal. Se ele realmente é fraco e comete erros como muitos dizem, então maior deve ser a graça da Santa Igreja. Quem a comanda, em última instância, é Jesus Cristo, e é através de um homem falho que a Sua presença se tornará mais visível. E quanto mais fraco ele for, mais visível poderá ser o guiamento da Igreja pelas mãos do próprio Cristo. Os planos da Providência são insondáveis, e muitos católicos preferem confiar muito mais em sua própria opinião do que na surpreendente história da Igreja que nos últimos anos conta com dois Papas. Mas só um está na cátedra.
Rezemos pelo Papa, porque é na fraqueza que nos tornamos fortes. Francisco não é exceção à regra. Nem a Igreja.
Segundo decreto do Papa Pio XII a excomunhão automática ipso facto (ou latae sententiae) de todos os católicos que, em obstinação consciente, aderem ao ateísmo e ao materialismo associado ao comunismo e às doutrinas marxistas. Assim como eu, muitos não o reconhecem como papa ou até mesmo CRISTÃO!
ResponderExcluir