Se eu pudesse escrever tudo o que eu gostaria de escrever teria
dois problemas: primeiro, teria de fundir meus neurônios ao passar o dia
inteiro pensando e colocando no papel (ou no computador) o assunto de forma que
seja claro e inteligível a qualquer pessoa; segundo porque muitas vezes antes
de escrever algo gosto de analisar ou estudar o assunto, necessitando de tempo
e, claro, paciência para analisar de forma minuciosa o que estou abordando.
Hoje é uma das raras vezes que eu escrevo neste blog sem me ater
previamente a um assunto, estudo ou leitura, fazendo o usual esforço literário
de ser entendido (como se eu fosse um escritor, mas qualquer texto decente deve
conter o mínimo de esforço para ser bem estruturado). Penso que quanto mais
espontânea é a expressão de um conteúdo, uma ideia ou uma experiência pessoal,
mais firme e consistente o conteúdo está em nossa inteligência e memória ou,
dizendo ainda melhor, mais integrado este conteúdo está em nossa identidade.
Para sermos mais inteligentes, capazes de compreender a realidade
da qual fazemos parte, mais conscientes temos de ser sobre nós mesmos. Melhor
um sábio analfabeto do que um erudito cheio de minhoca na cabeça.
*texto de junho de 2016
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