(Apostila de uma vida espiritual.)
Com o tempo percebi que a consagração, que faz de Nossa Senhora a depositária de todas as nossas graças, bem como a mestra de como essas graças serão utilizadas, se para meu bem ou para o do próximo, reforçou minha estabilidade espiritual. Explico: sinto-me compromissado com Ela. Um exemplo são as orações: mesmo que eu deixe a oração do terço de lado, fico no compromisso de fazê-la no dia seguinte; se eu falo muitas coisas sem pensar ou muitas bobagens, como piadas além do ponto, volto atrás e sinto um arrependimento (já tinha isto antes, mas hoje esta atitude é mais consciente); fiquei muito mais sensível aos pecados, principalmente graves. A dor e o incômodo interiores numa briga sem sentido, por exemplo, se tornaram mais profundos.
São Luís Montfort afirma em Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem que o demônio faria brotar nos leitores de seu livro escrúpulos para que não realizassem a consagração. Foi o que ocorreu comigo, e esta é a resistência da maioria das pessoas ao se depararem com a proposta do Tratado.
(Foto de São João Paulo II com o lema do Tratado "Totus Tuus" - "Todo Teu". Papa se tornou um dos grandes divulgadores da obra de São Luiz Montfort.)
Montfort também previu que o demônio esconderia o Tratado por muito tempo. Foi assim desde sua publicação em 1712 até meados do século XX. Foi João Paulo II o maior propagandista do Tratado, afirmando que a consagração foi decisiva para sua vocação sacerdotal. Ele virou papa. E santo.
Não há milagre que Nossa Senhora não possa fazer, mesmo porque milagre é Deus quem faz. Ela lhe dará um bom banho e lhe ensinará a ser um bom filho para que aprenda a crescer na vida. E ainda lhe encherá de mimos, com uma boa mãe faz.
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